No anoitecer de sábado fui parar em um supermercado na área considerada nobre do centro de Florianópolis. Não é um estabelecimento que a classe social à qual pertenço permite que eu vá com frequência. O que me levou até lá foi a tentativa desesperada de aplacar com alguma guloseima a fome da carne que me é negada. Se não conseguisse nada para mimar o corpo, pensei, eu poderia alimentar a mente nutrindo o bichinho de estimação que substituiu o rancor depois que amadureci: o recalque.
Esses dois últimos parágrafos são a mais pura verdade. São a verdade do fato de não se querer rico ou querer ser famoso, de se querer perder a liberdade pruma lente de câmera de TV ou por um cartão de crédito sem limites. Às vezes penso como sou "infeliz" com minha condição de comédia humana, pois nós, Homo sapiens, sempre estamos descontentes com o verde de nossa grama. Mas palavras como as suas é que nos colocam o pé na realidade e evitam que caiamos em armadilhas de balcão de doces como esta que você descreveu. Muito bom.
Amei o texto!!!! Salvou minha semana. Já presenciei cenas parecidas da burguesia carioca (isso não é privilégio de Floripa), mas você me lembrou e seu texto é muito bom de se ler. :-)
Curti muito esse extrato, primo!
E vou te falar que essa situação apresentada é mais comum do que você imagina! Hehehe
eu ri demais com esse pequeno retrato da sociedade! faça outros, pf
Sim!!!! Aguardamos ansiosas/os
Pra exemplificar - https://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/a-fazenda/em-fazenda-2022-tiago-chora-ao-ser-chamado-de-pai-do-neymar-tenho-nome-88979
Esses dois últimos parágrafos são a mais pura verdade. São a verdade do fato de não se querer rico ou querer ser famoso, de se querer perder a liberdade pruma lente de câmera de TV ou por um cartão de crédito sem limites. Às vezes penso como sou "infeliz" com minha condição de comédia humana, pois nós, Homo sapiens, sempre estamos descontentes com o verde de nossa grama. Mas palavras como as suas é que nos colocam o pé na realidade e evitam que caiamos em armadilhas de balcão de doces como esta que você descreveu. Muito bom.
Amei o texto!!!! Salvou minha semana. Já presenciei cenas parecidas da burguesia carioca (isso não é privilégio de Floripa), mas você me lembrou e seu texto é muito bom de se ler. :-)