Andava pelo bairro sonhando em cantar como Dio no Black Sabbath que rolava no fone quando comecei a ouvir vozes na cabeça. “Atravessa a rua, atravessa a rua”, alternavam-se em jogral. Intrigado, obedeci. Na calçada oposta, tinha uma casca de banana já meio escurecida. Fingi que ia amarrar o cadarço e me abaixei para observar melhor os efeitos da decomposição. As manchinhas pretas eram, na verdade, letras que formavam palavras que formavam frases. “Nunca foi uma excelente cantora” e “era gordinha e brigava com a balança”, identifiquei.
obrigado bob da banana